UOPG RAMAL DA ALFÂNDEGA
A unidade operativa do Ramal da Alfândega foi delimitada de acordo com os problemas identificados em termos de confluência, afluência e fluência como foi descrito na primeira fase do projeto.
Por enquanto não há incentivo para que as pessoas se desloquem para a zona, é uma área desumanizada e com níveis de terreno desaproveitados em termos do seu potencial como miradouro sobre o Rio Douro e o Vale do Campanhã.
Devido à sua longitudinalidade, um potencial é visto como um conector em vias pedonais e cicláveis, bem como a possibilidade de criar um corredor verde que liga com o Parque Oriental da Cidade e com a Quinta da Bonjóia e que gera uma conexão norte-sul do território trabalhado.
Para humanizar esse território e incentivar a vida urbana nele, é proposto um parque com diferentes programas que ajudam a gerar comunidade, como hortas urbanas -aproveitando as áreas residuais sob a linha férrea-, miradouros, um centro comunitário e uma praça com cafetaria. Dentro deste parque, é criada uma rede de percursos pedonais que ligam longitudinalmente a unidade operativa, bem como uma ciclovia que procura gerar uma ligação com as restantes unidades operativas identificadas.
Referindo-se mais detalhadamente às hortas urbanas, estas desenvolvem-se de acordo com a topografia da área, portanto, estão estruturadas com base em terraços que por sua vez permitem o acesso ao parque através das ruas paralelas à linha férrea, além disso esta estruturação permite aproveitar ao máximo a luz solar disponível.
Posteriormente, procura-se desenvolver o centro comunitário em maior profundidade, bem como requalificar os acessos ao parque abaixo da linha férrea, propõe-se também o desenvolvimento de elementos artísticos na estrutura desta linha, tanto para gerar maior conforto para o desenvolvimento de atividades comunitárias, como são as hortas, como para humanizar o espaço atualmente abandonado.