UOPG VILA COVA
A unidade operativa de Vila Cova surgiu através dos problemas visíveis ao nível da confluência, afluência e fluência.
Em primeiro lugar, esta zona tem potencial para permitir a ligação pedonal e cicloviária ao Parque Urbano de Rio Tinto, que por sua vez está conectado ao Parque Oriental da Cidade e à confluência com o Rio Torto. Para além disso, a intervenção futura do Parque da da Alameda de Cartes possibilitará, em junção com a intervenção da UOPG da Vila Cova, unir o território através de um corredor maioritariamente verde desde a estação de Nau Vitória até às UOPG’s de Tirares e de Pinheiro/Bonjóia.
Em segundo lugar, a zona apresenta atualmente infraestruturas rodoviárias desenvolvidas de forma a albergar tráfego considerável quer automóvel, quer pedonal. Contudo, salienta-se o problema atual de que não existem áreas de suficiente interesse para que essas infraestruturas sejam utilizadas. Neste sentido, a UOPG da Vila Cova propõe programa que, em conjunto com a nova proposta para o Matadouro e da intervenção que está de momento a decorrer no terreno da Antiga Fábrica do Cobre, irá garantir uma maior afluência de pessoas ao local.
Em terceiro lugar, a zona de Contumil e de Vila Cova são uma das zonas mais dificilmente acessíveis quer por transportes públicos, quer pedonalmente. Apesar de haver duas estações de metro, uma estação de comboio e algumas paragens de autocarro, o território encontra-se de tal forma rasgado e mal conectado que as distâncias aumentam fisica e psicologicamente.
A ideia base desta intervenção é a conexão física e visual da zona de Contumil com as zonas de Vila Cova e de São Roque da Lameira. Para isso, recorre-se a uma plataforma verde que esconde a ferida no território provocada pela construção da linha férrea no século XVIII. Uma das ações em destaque nesta proposta é o enterramento da Rua das Linhas de Torres, atual eixo viário de alta velocidade sem passeios que faz a ligação da VCI e da Alameda de Cartes à Circunvalação, passando por zonas maioritariamente residenciais. Propõe-se igualmente que o acesso a essa rua seja feita exclusivamente através da rotunda e não de forma direta para quem sai da VCI, de modo a reduzir a velocidade dos veículos. Ao nível da integração social, esta proposta abre-se aos bairros de São Roque da Lameira, integrando melhor esses espaços residenciais na malha urbana.
No desenvolvimento da ZIP, espera-se implantar mais edifícios de apoio que reforcem a afluência de pessoas, sejam centros comunitários, lojas ou edifícios de apoio a serviços.